"Lizzie Borden, com um machado, deu quarenta golpes na mãe; Quando viu o que tinha feito, deu quarenta e um no pai..." - Verso popular de autor anônimo. |
4 de agosto de 1892, Fall River, Massachusetts, E.U.A., O xerife Rufus Hilliard recebeu um chamado de John Cunninghan, jornalista local. Cunninghan havia sido alertado por Adelaide Churchill que o vizinho dela, Andrew Borden, havia sido assassinado na sala de estar da própria casa. Rufus designou George W. Allen, um policial com pouco tempo de trabalho. A maioria da força policial estava em um evento anual em Rocky Point.
Hiliard, xerife de Fall River. |
Os Bordens.
A família Borden era formada por Andrew Jackson Borden, 72 anos, um importante negociante da cidade; sua segunda mulher, Abby Durfee Grady Borden, 64 anos; e duas filhas de Andrew com sua primeira mulher: Emma Lenora Borden, 41, e Lizzie Andrew Borden, 32. Havia também uma criada irlandesas de nome Bridget Sullivan, apelidada de Meggie, ela tinha 26 anos.
Andrew Jackson Borden |
Abby Borden |
Emma Borden |
Lizzie Borden em uma foto da adolescencia. |
Bridget "Maggie" Sullivan |
Andrew Borden era conhecido por ter mão fechada. Na casa dos Bordens não havia luz elétrica nem água encanada, em sua casa de dois andares, 92 da Second Street. Isso de certa forma era constrangedor para Lizzie e Emma. Toda essa parcimiosidade era devido à sua intensa luta para conquistar tudo o que tinha. Ele começou cedo, como carpinteiro fabricante de caixões, depois tornou-se dono de funerária e agora era presidente do Union Savings Bank e diretor da Merchants Manufactoring, B.M.C. Durfee Safe Deposit and Trust, Glob Yarn Mills, Troy Cotton and Woolen Manufactory e dono de vários hectares de terra. Ele acumulou mais de 500 mil dólares, uma fortuna pra época.
A casa dos Bordens, Second Street, 92. |
Dia do crime.
Na manhã do dia 4, Abby Borden havia ido ao médico próximo à residencia. Ela havia sofrido de náuseas, e tinha medo de que tivera sido vítima de envenenamento, pois todos estavam com os mesmos sintomas. O Dr. Saebury Warren Borden tranquilizou-a, dizendo que não fora envenenada. Talvez a causa das náuseas fosse um carneiro assado que a família consumia há certo tempo. Bridget percebeu que o carneiro não estava bom para o consumo, mas Andrew não deixou-a jogar fora.
John Morse era um ex-cunhado de Andrew, e havia passado a noite na casa dos Bordens. Por volta das 8:40, depois do café da manhã, ele deixou a casa para visitar alguns parentes. Abby mandou Bridget lavar todas as vidraças, por fora e por dentro, o que não seria um trabalho fácil, pois a senhorita Sullivan já limpara tudo, e se sentia mal, devido ao carneiro estragado. Quando ela começou a limpar, teve que correr ao fundo do quintal para vomitar.
Andrew saiu para o trabalho algumas horas depois. Ele foi visto pela senhora Churchill deixando a casa em direção a uma loja de sua propriedade, que estava sendo remodelada. Abby arrumava o quarto no segundo andar, onde Morse passou a noite. Quando voltou dos fundos, Bridget ouviu uma conversa entre Abby e Lizzie.
Andrew não ficou muito tempo na loja, pois estava passando muito mal. Ele chegou em casa e subiu até o quarto onde dormia, para deixar um pacote que trazia com ele. Lizzie informou que Abby havia saído para visitar uma amiga doente, o que era estranho, pois Abby não tinham muitos amigos e com certeza avisaria se fosse sair. Andrew decidiu tirar um cochilo: Ele recostou-se no sofá, deitando a cabeça no braço do sofá, onde colocou, cuidadosamente dobrado, seu paletó, servindo-lhe como travesseiro, manteve os pés apoiados no chão.
Bridget decidiu limpar os vidros da sala de jantar, Lizzie começou a passar lenços, perto de onde Bridget estava. Lizzie conversou brevemente com Bridget, que algum momento subiu para seu quarto no sótão, na esperança de melhorar das náuseas. Mesmo no intenso calor ( a temperatura passava dos 35°), Sullivan acabou cochilando. Por volta das onze horas, ela foi acordada pelos gritos de Lizzie:
- Venha cá embaixo, Maggie! Papai está morto! Alguém entrou e o matou!
Bridget desceu correndo as escadas, quando se aproximava da sala onde o corpo de Andrew estava, Lizzie pediu para chamar o doutor Bowen.
Adelaide Churchill chegava do mercado, quando viu a empregada dos Bordens voltar correndo da casa do Dr. Bowen. Presumindo o pior, Adelaide aproximou-se da cerca que separava sua casa à dos Borden e vil Lizzie com ar de pensativa, por trás da porta lateral. Quando perguntou o que houvera, Lizzie respondeu que seu pai foi assassinado. Churchill entrou na sala de Estar dos Bordens e deparou-se com a cena macabra. Quando perguntou a Lizzie onde ela estava quando aquilo ocorreu, ela respondeu que estava no celeiro, procurando pedaços de metal para usar como pesco de anzóis em pescarias. Lizzie disse também que ouviu Abby chegar, e que, provavelmente ela estaria morta no quarto de cima. Adelaide foi procurar o dr. Bowen.
A polícia entra em ação.
O dr. Bowen chegou momentos depois, quase ao mesmo tempo que Bridget, que havia saído para buscar Alice Russel, amiga de Lizzie. O cadáver de Andrew estava na mesma posição: recostado no sofá, com os pés apoiados no chão. Ele foi atacado com selvageria à machadadas, havia esguichos de sangue nas paredes e chão. O parte frontal do crânio estava afundada por onze machadadas diferidas; uma só lhe causou a morte, as outras dez foram overkill. Um olho havia sido cortado pela metade e o nariz decepado, havia sangue fresco correndo das feridas.
Corpo de Andrew Borden. |
Como ficou o rosto de Andrew. |
Cena do crime. |
Sullivan e Churchill foram procurar Abby no andar de cima. Abby estava morta no quarto de hóspedes. Ela estava deitada de bruços e recebera dezenove machadadas na parte de trás da cabeça. O golpe fatal arrancou um pedaço do couro cabeludo e seu sangue já estava escuro quando o corpo foi encontrado. O ataque teve a mesma dose de selvageria do de Andrew.
Corpo de Abby Borden |
Como ficou a cabeça de Abby Borden |
George Allen chegou à casa e percebeu que a porta da frente estava fechada, ele dirigiu-se para a porta do lado e entrou na sala. Fez um breve relatório do que viu e voltou à central de polícia, para relatar ao xerife Hilliard o que viu. O Dr. Bowen saiu para avisar Emma, irmã de Lizzie, que estava na casa de uma amiga no momento. Às 11:45hs, sete policiais e um médico legista, Willian Dolan chegaram à casa dos Bordens, ele alegou que Abby havia sido morta pelo menos uma hora antes de Andrew. No porão da casa foram achados quatro machados, um deles com sangue e fios de cabelos.
O policial Willian Medley foi até o celeiro, onde Lizzie disse ter procurado pedaços de metal. Ele encontrou muita poeira, o que significava que ninguém passara por ali há tempos. John Morse havia voltado da casa de parentes e foi até o pomar comer peras, ele mal devia saber o que acontecia dentro da casa.
Willian Medley |
Lizzie foi medicada, pois estava com dor de cabeça. Alice Russell percebeu que ela trocara de vestido: Estava usando um vestido azul e trocou por um rosa e branco. por volta das 15 horas, os corpos de Abby e Andrew foram postos em macas fúnebres. o vice-xerife John Fleet interrogava Lizzie, peguntando se teria alguém que teria razões para assassinar seu pai. Lizzie respondeu que dias atrás, Andrew discutiu com um homem, mas ela não se recordava quem era. Fleet perguntou se a empregada ou Morse poderiam ser os assassinos, Lizzie respondeu que seria impossível.
Principal suspeita: Lizzie.
O crime não foi um latrocínio, pois nada foi roubado. As autoridades começaram a estranhar a frieza com que Lizzie agiu diante da morte do pai e da madrasta. Existiam também pontos mais consideráveis: A morte de Abby foi pro volta das 9:30h e de Andrew 11:00h, seria difícil que um assassino ficasse tanto tempo escondido na casa sem ser visto; a casa não tinha corredores e os armários eram pequenos demais. Seria mais plausível que alguém cometesse o crime num momento em que Andrew estivesse sozinho em casa.
Não havia nenhuma evidência de que Abby foi visitar uma amiga naquela manhã, só Lizzie conhecia essa informação.
Como teriam ficado os crânios de Andrew e Abby, respectivamente. |
Lizzie Borden também contou várias versões sobre sua ida ao celeiro: Em uma ela dizia precisar de chumbo para pescaria, mas para algumas pessoas ela afirmou precisar de material para consertar uma janela quebrada. Nenhuma das versões se encaixam na observação de Medley: Pela quantidade de poeira no chão, ninguém passara por ali fazia tempo.
Machado quebrado encontrado no celeiro: acreditou-se ser a arma do crime |
Havia também o depoimento de uma atendente de farmácia. Eli Benci disse que Lizzie tentou comprar ácido prússico no dia 3, e que ficou irritada quando Eli disse não poder vendê-lo.
Abby e Andrew foram enterrados no dia 6 de agosto. Depois os corpos foram rapidamente desenterrados e foram feitos moldes de gesso dos crânios. Ao sair do funeral, Lizzie recebeu o aviso de que era oficialmente a principal suspeita do crime. No mesmo dia, Emma e Lizzie prometeram dar 5 mil dólares para quem denunciasse os(s) assassino(s)
Na manhã de domingo, Emma Borden e Alice Russell viram Lizzie queimar um vestido azul. A atitude suspeita causou o protesto de Alice e Emma, que deisseram que era arriscado fazer aquilo na situação em que Lizzie se encontrava, Lizzie defendeu-se, dizendo que o vestido estava sujo de tinta.
Prisão e julgamento.
Carpa de jornal ilustra Lizzie Borden assistindo seu advogado falar. |
Lizzie depôs em um inquérito presidido por Josia Coleman Blaisdell. Ela foi formalmente acusada em um intimação do xerife Hilliard. Ela foi mandada para a prisão em Tauton, Massachusetts, à 13 quilômetros de Fall River.
O dr. Edward Wood declarou que o sangue e o cabelo que estava em um dos machados era de vaca, a arma do crime estava desaparecida. Apesar disso, fortes circunstâncias levavam a crer que Lizzie era a autora dos crimes.
7 de novembro, iniciou-se as consideradões sobre o caso, apesar da falta de provas, do desaparecimento da arma do crime, e ausência de testemunhas. Em 1 de dezembro, Russell testemunhou sobre o vestido de algodão queimado por Lizzie.
Em 31 de maio de 1893, alguns dias antes do julgamento, um caso surpreendente aconteceu: Bertha Manchester, filha de Stephan Manchester, um produtor de leite, foi assassinada à machadadas. Um imigrante português, José Correira foi acusado. O crime fera uma espécie de álibi para Lizzie, pois enquanto ela estava presa, um crime com caracteristicas semelhantes ocorreu. Mas tudo durou pouco, pois foi comprovado que Correira imigrou para os Estados Unidoas após o crime da casa dos Bordans. Lizzie Borden foi a julgamento no dia 5 de junho de 1893, no tribunal Superior do Condado de Brisol.
O depoimento mais importante do caso foi o do dr. Edward Wood. Ele disse que o assassino deveria ter várias marcas de sangue nas suas vestes. Mesmo Lizzie tendo queimado um vestido dias depois, sua vizinha a viu um pouco depois do crime. Será que ela nada percebeu? Havia um balde com água e sangue em um dos cômodos da casa, mas um policial disse ter lavado as mão ali. Havia também panos sujos de sangue na área de lavar, mas Lizzie disse tratá-se de sangue menstrual e ninguém tocou no assunto.
Às 16:32h de uma terça-feira, dia 20 de junho de 1893, o juri anunciou seu veredicto: inocente de todas as acusações. O caso continua sem solução até hoje.
Dois meses depois do julgamento, Lizzie e Emma se mudaram para uma mansão de pedras com 14 cômodos, que elas compraram com a herança recebida do pai. Lizzie deixou a igreja e o grupo da União da Mulheres Cristãs da Temperança onde dava aulas de catecismo, também mudou seu nome para Lizbeth. Ela conheceu Nance O'Neil, uma jovem atriz, em 1904. Se tornaram amigas inseparáveis. Emma mudou-se para Providence, depois foi morar em Newmarket, New Hampshire.
No dia 1 de junho de 1927, Lizzie (agora Lizbeth) Andrew Borden faleceu devido complicações após uma cirurgia de bexiga. Emma Borden faleceu nove dias depois da irmã. Ambas foram enterradas próximo à Andrew e Abby. Se Lizzie Borden foi ou não a assassina de Andrew e Abby, ninguém saberá.
Túmulo de Lizbeth Borden |
Suposta foto com Lizzie Borden: Ela seria a quarta da esquerda para a direita da segunda fila. |
Tô adorando seu blog, (meio pesado mas eu respiro fundo e continuo rsrs)você já escreveu alguma coisa sobre os casos brasileiros Richthofen ou Francisco das Chagas Rodrigues Brito? Tem também um "maluco" Jeff Dahmer Jeffrey (acho que é isso), que eu gostaria de sugerir como uma possível pauta para postagem. Parabéns novamente pelo blog!
ResponderExcluirAlguns casos ainda estão na fila, mas pretendo escrever sobre eles também. Há necessidade de fontes, e ainda não tenho muito sobre alguns casos. Mas pretendo em breve adquirir mais fontes, nem que eu fuce jornais antigos, rs. Obrigado novamente! =D
ResponderExcluirParabens pelo blog.
ResponderExcluirO que levou você a começar a escrever este blog? Simpatiza com o tema ou apenas tédio?
ResponderExcluirMorei em Fall River durante 5 anos e sohfui saber desse caso por agora. A casa continua la e hoje eh uma especie de museu aberto a visitas. Tudo esta do mesmo jeito do dia do crime.
ResponderExcluir! if want , need , . . . get Google translator ! This text are in 'Portuguese', Creio
ResponderExcluirque vcs ñ querem que usem o espelho pq se a pessoa se curar , vcs vão ficar sem clientes , ñ se pode
pensar assim ! Pois se vcs fizerem a cura de uma pessoa q seja , terão muito mais clientes , e além de
tudo estarão salvando ' Almas ' , tirando as do inferno ! Peço ' PLEASE . . . ' olha discordo plenamente
com essa tese de que espelho só trás problemas , muito pelo contrário , me salvou , me tirou do inferno
! quem disse q espelho ñ resolve ? if want , need get Google translator ! ! ! ! se tiver tempo e paciência , e
impressora , imprima esse texto e distribua por ai ¡ ! ! ! Inclusive em hospitais e clinicas , ou va uma lan
house ! Depressao nao mata , porém te traz pensamentos negativos , e te dá muita vontade de morrer ,
síndrome de perseguissão danada! ! ! DEPRESSÃo ñ DISSE QUE IA SER CHATO ! ! ! ESPELHO ISSO
MESMO ... ESPELHO ! SE VC Ja PASSOU POR ISSO OU ESTÃo PASSANDO FIQUE ATENTO ESSA
MENSSAGEm, TEXTO ... PORéM SE Não PASSOU AINDA , NÃ?o SE PREOCUPE AINDA H´s TEMPO
SE VC Nao MORREU ! NÃ?O PELO ' ESPELHO ', E SIM POR " DEPRESSÃO . . . Eo TIVE ISSO , SEI
COMO e RUIM ! Só CHORAVA , PELOS MOTIVOS MAIS FúTEIS , COMO : O PAPA LéGUAS QUE
CAIU DO PENHASCO , A FORMIGUINHA QUE DISSE TCHAU E FOI EMBORA , COISAS SIMPLES
ASSIM . NÃO CONFUNDA . . . DOR DA MORTE DE ALGUéM QUERIDO , ACIDENTES OU OUTROS
MOTIVOS GRAVES , COMO A PERDA DE RELACIONAMENTO* VÃMOS AO QUE INTERESSA ! ! !
COMO mE CUREI : OLHANDO PARA O ESPELHO ISSO MESMO , OLHANDO PARA O ESPELHO .
PEGUE UM ESPELHO NEM QUE SEJA AQUELE OVAL QUE NOSSOS PAIS TINHA COM MUIe PELADA
de 04 x 06 cm , PODE SER ATe UM ESPELHO QUEBRADO , DESDE QUE SEJA UM TAMANHO QUE
DE PARA VER ISSO QUE VC CHAMA DE CARA . NÃo VAI TE DAR AZAR , MUITO PELO CONTRaRIO ,
VAI TE DAR MUitA PAZ DE ESPiRITO ! ! ! OLHE PARA ELE , E DIGA AS PALAVRAS MaGICAS : HOJE
EU Tem PODENDO , COMIGO NÃO TEM PRA NINGUem , EU SOU LINDO (A) , MARAVILHOSO (A) ,
COMIGo NÃO TEM FRAQUEZA So chorAVA E DiZíA ( PARA eu MESMo ) QUE QUERIA MORRER , NÃo
mE MATAR . E SIM MORRER ! ! ! TIPO : QUE UM CARRO DESGOVERNADO viesse EM CIMA DA
CALçADA E ME PEGASSE ! ! ! QUE CaíSSE UM AVIÃO NA MINHA CABEça . PORém não TINHA
CORAGEM DE ME MATAR , VONTADE MUITO MENOS ! ! ! PODE ATé não PARECER , MAS Dá
CERTO QUE é UMA BELEZA ! ! ! DÃ UM ALíVIO IMEDIATO NA ALMA.' isso vai te CURAR , COM
CERTEZA , e VC SE SENTE ALIVIADO . NÃO ALI VEADO . MAS ATENcÂO : ISSO Eo SEI QUE
FUNCIONA COM PESSOAS EM ESTADO NORMAL . OU SEJA : QUE NÃO TENHA DOEN¢AS
TERMINAIS , TIPO : AIDS,CÃNCER , E OUTRAS DOENçAS DESTRUTIVAS . DROGADOS TAMBeM
NÃO SEI SE FUNCIONA , MAS achO QUE SIM . ISSO NA MINHA CABECINHA ,NÃo ! ! ! JÃ QUE SOFRI
DE ANSIEDADE , E DROGA DEIXA VC ANSIOSO , E POR CONSEQUENCIA TE LEVA à DEPRESSION.