Mito 1: Assassinos em série sofreram abusos na infância e isso é refletido em sua vida adulta.
Bom, é verdade que muitos assassinos em série não foram muito queridos quando eram crianças. Por exemplo, Henry Lee Lucas: A mãe de Lucas o obrigava a vestir-se de mulher, uma vez, inclusive, ela o obrigou a ir à escola vestido de menina e com um permanente no cabelo. Francisco Costa Rocha também é outro exemplo de infância conturbada: ele assistiu os inúmeros relacionamentos da mãe, que fazia programas. Além de ser rejeitado pelo pai, pois era bastardo, e ter sido agredido pelos funcionários do pai. Mas isso não significa que uma infância infeliz seja algo determine que alguém vá cometer uma série de homicídios.
Psicólogos concordam que muitas vezes, crianças que sofreram agressão passam a relacionar a violência ao respeito, e assim, acreditam que a violência seja a melhor forma de se dar com as pessoas, mas cada pessoa age de um modo. Existem exemplos de assassinos que não tiveram uma infância tão infeliz assim. Carl Panzram é um exemplo. Panzram escreveu uma carta enquanto estava preso, ele dizia: "Minha família inteira era como o resto das pessoas. Pessoas honestas, que gostavam de trabalhar. Todos menos eu. Eu fui um animal desde que nasci. Quando eu tinha 5 ou seis anos, já era um ladrão, um mentiroso, alguém desprezível. Conforme cresci, mais terrível fiquei." Não existe um estudo que investigue o passado de todos os casos de serial killers (Isso seria impossível, uma vez que há casos que não são solucionados e outros casos em que não se identifica ligações entre crimes), e, apesar da falta de teorias convincente, não se pode determinar que uma infância infeliz seja a chave para se entender a mente de um assassino em série.
Mito 2: Assassinos em série são homens.
Talvez esse mito seja originado da quantidade de significados que a expressão serial killer tenha. Muitos especialistas não concordam entre si na hora de determinar o que é e o que não é um serial killer, causando um significado quase subjetivo à expressão. Apesar da maioria doas assassinos em série ser formada por homens (segundo fontes, entre 85 e 90 porcento), existem sim serial killers do sexo feminino. Na maioria das vezes, elas agem diferentemente dos homens, matando pessoas que elas conhecem e usando métodos menos violentos, como envenenamento por exemplo. Mas, como toda regra tem exceção, existiram assassinas em série que não matavam por envenenamento, como a condessa Erzsebét Báthory, Aileen Wuornos e Leonarda Cianciulli.
Mito 3: Serial Killer e psicopatas são sinônimos.
Esse é o mito mais comum de ser encontrado, talvez (tenho que parar com esse achismo) esse mito tenha ganhado força pela imagem de assassino em série que o cinema nos passa. A expressão serial killer e a expressão psicopatas não têm nada, ou melhor, têm pouca relação entre si. Alguns especialistas afirmam que todo serial killer é um pouco psicopata (isso é bem controverso, sabendo-se dos exemplos de assassinos burros em contra partida de que a maioria dos psicopatas têm inteligência acima da média. Leia mais sobre psicopatia aqui!), mas, de fato, nem todo psicopata é assassino em série. Na verdade, a maioria dos psicopatas cometem pequenos delitos, como vandalismo ou pequenos furtos, ou nem mesmo os cometem.
Mito 4: Assassinos em série matam pela mesma motivação.
Outro mito comum. Já li muitas vezes isso. Existe a crença de que todo assassino em série é um estuprador, mate por prazer ou por busca de poder só por ser um serial killer. Na verdade, existem quatro formas (existem outras formas de separar os assassinos em série, mas isso é assunto pra outro post) de separa assassinos em série, baseando-se na motivação que os levaram aos crimes. São elas:
Maníacos sexuais: Assassinos em série pervertidos, cuja principal motivação para os crimes seja sexual. Praticam sodomia, estupro e necrofilia. São, na maioria das vezes, fetichistas e hedonistas;
Assassinos em série emotivos: Assassinos que têm como proposito matar por diversão. Ele sente um imenso prazer em torturar e matar pessoas. Também gostam de provocar a policia e se sentem superiores quando o fazem. Matam com requintes de crueldade e ressuscitam as vítimas para poder matar e torturar outra vez;
Assassinos Visionários: Assassinos insanos e psicóticos. Matam obedecendo ordens de vozes que falam em sua cabeça ou visões.
Assassinos missionários: Como o nome já diz, esses assassinos acreditam que têm uma missão pela frente. Suas vítimas são, geralmente, pessoas tidas como impuras (prostitutas, travestis, usuários de drogas), que o criminoso acredita ter que eliminar da sociedade.
Bom, baseando-se nos quatro tipos, pode-se dizer que não é somente a perversão sexual ou a busca pelo prazer que leva alguém a cometer homicídios em série.
Mito 5: Assassinos em série são inteligentes.
Na verdade, assim como no caso da infância infeliz influenciar na vida de um serial killer, não é possível concluir que existe uma média de inteligência entre assassinos em série. Como já disse, existem muitos assassinos burros, como por exemplo Ed Gein (apesar de não ser considerado serial killer pela definição do FBI). Ed estava em uma quitanda quando viu policiais chegando ao local. Ele logo manifestou Inocência pela morte de Bernice Worden, porém ninguém havia tocado no assunto. Pode-se considerar a atitude de Ed um atitude inteligente? Claro que não! Ele foi preso na hora, suspeito de matar Bernice, descobriu-se então que ele era culpado. Ed Gein é só um exemplo de serial killer desajeitado. Assim como a motivação, a inteligência também serve como atributo para se separar Seria killers. São três tipos:
Organizados: Assassinos organizados são inteligentes e sabem que não podem deixar provas nos locais dos crimes. Eles fazem de tudo para enganar a polícia, incluindo plantar falsas pistas. Têm muito interesse pela atenção que a mídia dá aos seus crimes e usam suas próprias armas.
Desorganizados: São o oposto dos assassinos organizados. Eles tratam com desleixo o local dos crimes, não os planejam e atacam por impulso. Não ligam em deixar provas e, por isso, são apanhados com mais facilidade. Também demonstram pouca, ou nenhuma atenção às noticias de seus crimes e usam objetos que estão às suas mãos como arma, como pedras ou cipós.
Misto: São assassinos que não se encaixam nem nos organizados nem nos desorganizados. Assassinos mistos sabem atrair suas vítimas, usam suas próprias armas e sabe evitar testemunhas, porém não são muito bons na hora de ocultar provas e também não planejam seus crimes
Mitos por caso.
Agora, vamos analisar os mitos que habitam cada caso:
Mito 1: Erzsébet Báthory banhava-se em sangue.
A crença que Erzsébet Báthory banhava-se em sangue apareceu pela primeira vez mais de 100 anos após a morte da condessa, em uma época em que as lendas vampíricas assolavam a Europa. Muitas personalidade foram vampirizadas, incluindo Báthory. Na verdade, segundo os relatos da época de Erzsébet, nunca houveram os tais banhos de sangue.
Mito 2: Chico picadinho cometeu seus crimes inspirado pelo livro Crime e Castido, de Fiódor Dotoiévski.
Bom, eu nem sei de onde surgiu essa história! É correto que Francisco Costa Rocha é um grande apreciador de Dostoiévski, mas isso não significa que ele cometeu os crimes porque leu o livro crime e castigo. As diferença entre os crimes de Chico e os de Rodia, personagem principal de Crime e castigo são imensas. O que ocorreu, na verdade, é que Chico Picadinho surpreendeu-se com o a linha de pensamento do personagem, que usava um raciocínio um tanto filosófico para legitimar seus atos, mas ele não pensou em matar ninguém após ler o livro. Chico Picadinho cometeu seus crimes devido sua personalidade sádica, combinada com o uso de álcool, drogas e vida desregrada.
Mito 3: Aileen Wuornos foi a primeira mulher serial killer dos Estados Unidos.
Bom, não vi esse mito em nenhum site nacional, mas o vi sendo desmentido no site da TruTv. Aileen Wuornos não foi a primeira mulher SK dos Estados Unidos, a primeira foi Lavinia Fisher. Uma assassinas que, junto com o marido, envenenava clientes de seu hotel. Ela foi executada em 1820, ou seja, anos antes de Aillen Wuornos pensar em nascer. O mito de Aileen Wuornos ser a primeira serial killer surgiu por que seus métodos de matar saiam do comum. Ela matava a tiros, e de certa forma, caçava suas vítimas; Enquanto a maioria das assassinas em série atraem sua vítimas e usam métodos como envenenamento, por exemplo.
Lavinia Fisher. |
Mito 4: Jack, o estripador era extremamente inteligente e tinha experiencia em medicina.
Esse talvez seja o mito mais comum. Se fossemos analisar todos os mito, enganos e achismos do caso do E.D. conhecido como Jack, o estripador (Essa apelido foi dado pelos jornais), ficaríamos aqui a tarde toda. Investigadores, criadores de perfis e psiquiatras forenses contemporâneos concordam que o E.D era um sujeito de comportamento misto ou desorganizado. As incisões provocadas por ele não tinham nenhuma precisão cirúrgica e ele poderia ser muito bem um açougueiro, sapateiro ou um advogado. Para se ter noção, Chico Picadinho nunca pegou em um bisturi, ele era vendedor de consórcios, mas mesmo assim dessecou uma dançarina em 1966 e esquartejou uma prostituta em 1976. Tendo uma faca afiada, é fácil abrir a barriga de alguém e retirar fora suas tripas. Não há necessidade de se cortar ossos, como aconteceu no caso do assassinos de Elizabeth Short. A carta "do inferno" a única que os especialistas concordam ser de Jack, demonstram uma pessoa que beira a insanidade. Se Jack nunca foi preso (se é que ele existiu) ele teve uma baita sorte, ou contou com o despreparo da polícia.
Mito 5: Jeffrey Dahmer era cruel com animais na infância.
Dahmer realizou experiencias com cabeças de gatos ou ossos de frango em alvejante, mas , segundo fontes, esses animais já estavam mortos. Em uma ocasião, Dahmer teria ficado espantado, quando um amigo seu, que dirigia um carro onde Dahmer estava, comçou a atropelar cães pela rua.
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