20 de mar. de 2013

Mistério do assassinato de Pier Paolo Pasolini.


(Os relatos abaixo foram extraídos do texto "Corpo massacrado", de Luiz Nazário, e de notícias publicadas em sites jornalísticos).
Dia 2 de novembro de 1975. Uma mulher caminha pela praia de Ostia, Itália. Era início da manhã daquele dia dos mortos e, como por um golpe do destino, a mulher quase tropeça em um cadáver. A policia foi até o local onde o corpo se encontrava. O cadáver estava massacrado, com diversas marcas na face e vários ossos quebrados. Apesar disso, ele foi reconhecido como sendo do diretor Pier Paolo Pasolini.

Um garoto de programa de 17 anos, Giuseppe “Pino” Pelosi estava preso por roubo de carro e assumiu responsabilidade pelo assassinato do diretor. Sua confissão, porém, se demonstrou cheia de erros.

A versão de Pelosi


Na noite do dia anterior, 1º de novembro, por volta das 10 da noite, Pier Pasolini, dirigiu seu carro prata em direção da Stazione Termini, na tentativa de “buscar rapazes da vida”. Haviam três jovens que esperavam por clientes e um quarto, que se afastava do grupo para ir até um bar na esquina. Pasolini não se sentiu atraído por nenhum dos três e foi se afastando do grupo, quando viu Pino Pelosi deixando o bar. Depois de puxar conversa com o rapaz, o diretor o cenvenceu a subir no seu Alfa GT prateado. Os três amigos de Pino, aqueles pelos quais Pasolini não sentiu atraído, ainda gritaram ao verem o carro partindo: “Cuidado com esse, é Pasolini, passivo e ativo!” Na mentalidade dos garotos de programa, homossexual era somente o passivo, aquele que assumisse o papel feminino. O jovem que vende seu corpo, mesmo que para um homem, se via como alguém másculo e viril.


Pier teria, primeiramente, levado Pelosi para jantar em um bom restaurante, onde teceu uma série de comentários ideológicos sobre sociedade industrial, consumismo e falta tolerância das elites. Pelosi, porém, não dava muito ouvidos para os assuntos tratados pelo diretor. Preferia comer algo rapidamente e partir para seus serviços. Ao sair do restaurante, ambos seguiram na direção da praia de Ostia, local bem conhecido por Pasolini. O diretor estacionou seu Alfa Romeu e pediu para que Pelosi descesse do carro e se apoiasse contra uma grade metálica. Depois d e abaixar as calças do rapaz, Pasolini apanhou uma vara para enfiar-lhe no ânus. Giuseppe teria se virado e perguntado: “Está louco?” Pasolini estava sem óculos, e segundo o jovem, demonstrava uma feição de louco desvairado, “uma cara de doido de botar medo”.
Policiais analisam o cadáver de Pasolini.

Curiosos acompanham os trabalhos da policia.
Pelosi escapou na direção da rodovia asfaltada, seguido por Pasolini, que o golpeava com a vara na cabeça e em várias outras partes do corpo. Esse comportamento era estranho para Pier, pois ele era masoquista (assumido), mas dificilmente assumiria a postura de um delinquente que agride um “rapaz da vida”.

Pelosi conseguiu agarrar Pasolini pelos cabelos, dando-lhe dois socos na cara. Depois bateu nele com um pedaço de pau (parte de uma placa quebrada). Correu até o carro de Pasolini, levando consigo os pedaços de pau, que abandonou próximos a uma cerca. Roubou o Alfa Romeu prata do diretor e saiu em disparada em direção à estrada. Em estado de choque, passou “acidentalmente” com o carro em cima do diretor, que agonizava no chão. Pasolini teve s eu tórax esmagado, várias costelas quebradas e uma laceração no coração.

O corpo massacrado de Pasolini. O diretor teve seu coração lacerado e várias costelas quebradas, além do rosto desfigurado.

Todo esse massacre teria durado cerca de meia hora. Pino Pelosi dirigia em alta velocidade e na contramão. Acabou sendo parado por policiais e preso pelo furto do automóvel. Interrogado, não demorou a confessar ter assassinado Pasolini: “Matei Pier Paolo Pasolini”, declarou de forma espontânea entes mesmo de ser interrogado. A única preocupação de Pelosi era a perda de seu anel, com a inscrição “Estados Unidos da America” e de seu maço de cigarros. O maço foi encontrado no carro e o anel foi encontrado próximo ao corpo do diretor. A confissão de Pelosi parecia convincente.


Porém, alguns pontos falhos não demoraram a aparecer. O pedaço de placa que Pelosi afirmou ter usado no homicídio era demasiadamente leve para provocar tantos hematomas no diretor. Pelosi afirmou que o incidente em Ostia foi uma série de eventos encadeados, mas a camisa de Pasoline foi encontrada cerca de 70 metros de seu corpo. Como ele teria tido tempo de tirá-la, limpar seu sangue nela, andar 70 metros e aí receber um chute nos testículos e dois socos no rosto, o que o deixou ajoelhado, sendo finalmente espancado com brutalidade. Como Pelosi não conseguiu fugir nesse meio tempo? A morte do diretor ocorreu após ele ser atropelado pelo jovem. Lembrando que Pelosi tinha espaço suficiente para manobrar o carro, o que indica ser, o atropelamento, algo intencional. Pelosi queria, inutilmente, fugir da justiça. E passou com o carro em cima do diretor para certificar que este estava morto.

O fato de Pelosi ter chamado a atenção para seus pertences perdidos, o anel e o maço de cigarros, encontrados no carro e no local do crime, sugere que ele não tenha agido sozinho, mas foi levado a assumir responsabilidade pelo crime. No local do crime, foram encontrados quatro pedaços de pau sujos de sangue e com fio de cabelo. Não faria sentido usar diversas armas, trocando sucessivamente se o primeiro sarrafo ainda servia para golpear a vítima. Como explicar, também, o fato do corpo de Pasolini estar todo sujo de sangue, enquanto Pelosi estava sujo de sangue apenas na barra da calça e na sola do sapato. A direção do carro também estava limpa, sem nenhum sinal de sangue, havendo apenas um pouco de sangue no capô. Seria possível isso? Pelosi não estaria cheio de sangue? Como Pasolini não conseguiu se defender ou dominar Pelosi, se ele era bem mais forte que Pelosi? As feridas de Pasolini sangraram por horas após sua morte, tão profundas eram as lacerações e equimoses causadas. Pelosi, mesmo alegando ser agredido, não apresentava nenhum ferimento, exceto um corte na testa, resultado de uma batida contra o vidro do carro ao ser parado pela policia.

O que teria acontecido? A versão de Pelosi era auto-contraditória, mas foi aceita como verídica. Nenhum médico legista examinou Pelosi para procurar por vestígios de sêmen de Pasolini. Giuseppe Pelosi sabia quem era Pasolini “Passivo e Ativo”, e já havia sido advertido por seus colegas de “profissão”. Será que Pelosi recebeu um dinheiro a mais para o diretor o fazer de mulher? Talvez Pasolini, após o ato sexual, tenha adormecido. Pelosi viu aí, uma boa oportunidade de lhe roubar o veículo. Bastava apenas dar-lhe algumas pancadas e passar com o carro sobre aquele “degenerado”. E foi o que ocorreu. Como diria alguns de seus colegas mais tarde: “Pino fez bem, estava em seu direito”. Tendo recebido uma primeira pancada, Pasolini teria acordado assustado e tentou fugir cambaleando, ou talvez teria sido arrastado pelos cabelos. Recebeu um chute nos testículos, o que o fez ajoelhar de dor e continuou a ser golpeado até cair de bruços. Pelosi, então, limpou as mãos com a camisa de Pasolini, o que explicaria a ausência de sangue em suas mãos e o fato da camisa de Pasolini ter sido abandonada longe do corpo. Talves Pelosi preferia assumir a prática de um homicídio terrível, a confessar ter cedido aos desejos de Pasolini, servindo de “mulher” ao diretor.

Pelosi o único assassino?


Dacia Maraini entrevistou Pelosi na cadeia. Ela saiu convencida de que ele havia participado do massacre do diretor, mas não excluiu a possibilidade de outros envolvidos no crime. No veículo de Pasolini, foi encontrada uma palmilha para sapatos que não pertencia nem ao diretor nem a Pelosi. Uma malha de cor verde também foi encontrada, ela também não tinha dono. A sobrinha do cineasta, Graziella Chiarcossi, havia limpado o carro do tio no dia anterior e nada havia encontrado. Isso não exclui, porém, a possibilidade de Pasolini ter encontrado outro rapaz de programa antes do encontro com Pelosi, em glum momento entre a limpeza do veículo e seu assassinato. O rapaz poderia ter esquecido seus petences no carro do diretor. Mas o encontro de tais objetos também pode sugerir a participação de outros no crime. O que mais intriga no caso, foi o já citado uso de diversas armas. Para que um assassino usaria quatro bastões diferentes? Pra que mudar de arma tantas vezes, uma vez que o primeiro bastão usado ainda tinha serventia para o crime? Talvez os pedaços de madeira fossem parte de apenas dois sarrafos. Estes, após vários golpes desferidos contra o diretor, se partiram. Mas nenhum exame que comprovasse isso foi feito. Outra versão, como já dito, é que Pelosi não tenha agido sozinho. Ele apenas tenha assistido ao assassinato, dando alguns chutes no diretor, o que explicaria a ausência de sangue em suas roupas e mãos.




Giuseppe Pelosi, garoto de programa que assumiu sozinho a culpa pela morte de Pasolini.

Furio Colombo, jornalista que esteve no local do crime recolheu um depoimento interessante. Infelizmente, apesar de publicado no jornal La Stampa, em 4 de novembro de 1975, ele não levado em conta pelas autoridades.. Um homem denominado Salvetti alegou morar pelo local. Ele informou que ouviu o ladrar de cães e viu o momento em que um grupo de delinquentes assassinava o diretor. Furio havia entrevistado o diretor Pasolini um dia antes de sua morte e, em tom quase profético, o cineasta sugeriu um tema para a matéria: “Estamos todos em Perigo”.

Outro jornalista, de nome Moreno Marcucci, possivelmente entrevistou a mesma testemunha, que se apresentou com o nome de Ennio Salvitti, e que apenas um dia depois afirmou nada ter ouvido durante a noite, passada em uma barraca junto com a mulher e a sua filha, próximo ao local do crime. Ninguém se deu ao trabalho de interrogar a mulher e a filha do cidadão e ninguém com o nome de Salvetti ou Salvitti foi convocado para prestar depoimento. Outra jornalista, Oriana Fallaci, numa notável reportagem párea o L’Europeo, em 15 de novembro de 1975, mencionou a participação de três assassinos no caso: Pelosi e mais dois outros jovens que chegaram depois, a bordo de uma motocicleta. Eles teriam espancado Pasolini e deixado Pelosi sozinho com o moribundo. Desesperado, Pelosi teria roubado o carro do diretor e passado por cima dele, fugindo logo depois. É dito que, por debaixo das unhas do diretor, foram encontrados vestígios de pele humana, pele essa que não era de Pelosi. Isso seria indício que Pasolini tentou, desesperadamente, defender-se de seu agressor.


Mas o que continua intrigando é a quantidade de pessoas envolvidas no crime. Quantos eram os rapazes? Pelosi, até hoje, anos após o crime, nega ter tido cúmplices, assumindo sozinho a responsabilidade pelo crime. Mauro Voltera, um jovem jornalista que auxiliou Fallaci na famosa reportagem, morreu em 1989, atirando-se da janela de seu apartamento em circunstâncias não tão claras. Laura Betti, depois do crime, compareceu a diversos tribunais italianos, recolhendo todas as citações de Pasolini e todas as denuncias contras seus controversos filmes, livros e sexualidade. O resultado mostrou como Pasolini teve que responder diversos de processos, sendo criticado de forma ferina pela sociedade italiana. Mesmo depois de morto, tentaram jogar a culpa de seu assassinato para ele próprio. O psiquiatra Aldo Semerari, mesmo sem nunca ter visto Pasolini, escreveu um parecer sobre o diretor. O documento foi exposto de forma massiva pela mídia. O parecer descrevia Pasolini como um coprófilo, psicopata instintivo, anômalo sexual, hemofílico e homossexual exibicionista e fetichista, de instintos profundamente degenerados. Aldo foi encontrado decapitado em circunstâncias também misteriosas. Ele tinha ligações com a máfia e com grupos neofacistas.

Prisão de Pelosi.

Giuseppe Pelosi foi julgado e condenado em 26 de abril de 1976 à pena de 9 anos, 7 meses e 10 dias de detenção por homicídio doloso com “ participação de desconhecidos”, mas a Procuradoria Geral estabeleceu a responsabilidade total de Pelosi no crime, como uma forma rápida de encerrar definitivamente o caso sem esclarece-lo. Marco Tulio Giordana qualificou, devido a isso, o assassinato de Pasolini como um “delito italiano”, um crime típico de seu país devido às características do crime:

1. Foi um caso significante, que exprimiu uma mensagem, gerando informações e sintetizando uma situação;

2. É um crime semi-impune, onde se investiga e se castiga apenas parcialmente, ocultando-se os verdadeiros responsáveis;

3. É um crime interpretado de forma farta, pois, devido às muitas falhas no processo, se torna aberto à especulações;

4. É um crime midiático, transformando-se em um verdadeiro espetáculo, como uma exibição pública em que o público deve tomar como exemplo (mais ou menos como as exibições de cabeças de condenados à morte antigamente);

O jornal L’Expresso divulgou inúmeras fotografias do cadáver massacrado de Pasolini, obtidas nos gabinetes médicos legistas e da policia e publicadas como forma de causar uma sensação e para mostrar que fim leva um homossexual que transgride as normas da sociedade, persistindo em dar vazão aos seus instintos. Nenhum representante do governo enviou quaisquer votos de condolência à mãe do morto, somente o Presidente do Conselho, Aldo Moro, que enviou um telegrama, a título pessoal, para a mãe de Pasolini. Aldo também foi assassinado em circunstancias misteriosas aos 55 anos de idade, três anos após a morte do diretor. Em contrapartida, de forma um tanto irônica, Pelosi recebeu, na cadeia, várias cartas de admiradores secretos. Algumas com cédulas, mensagens de solidariedade e até propostas de matrimonio. Sua pena foi comutada devido ao seu bom comportamento à 7 anos. Ele saiu da cadeia, mas acabou sendo detido outras vezes por roubo, estupro e tentativas de assassinato. Giuseppe Pelosi declara firmemente que não é homossexual e alega nunca ter sido garoto de programa.

Velório de Pasolini.

Dario Belezza, amigo do diretor, em “Morti di Pasolini”, tentou demonstrara que o crime não teve motivos políticos, mas representa um triste fato enfrentado por muitos homossexuais. Eram comuns casos em que um homossexual era morto por um garoto de programa, este, praticava o crime visando roubar os pertences da vítima. A absolvição quase sempre vinha ao agressor após a alegação de suas vítimas teriam tentado fazê-lo passivo, implicando, assim, em legitima defesa. Segundo o antropólogo Luis Mott, entre os anos de 1980 e 1993, cerca de 1.200 homossexuais foram assassinados por esses “ladrões sem identidade sexual”. Entretanto, ser assassinado não pode ser visto como uma condição normal para um homossexual


A versão contada por Pelosi, com certeza, não é totalmente verídica. existem erros, furos, vazios em seu depoimento. Os motivos que o levaram a matar o diretor estão incógnitos e parece que as autoridades não desejaram procurara a verdade. Inúmeras teorias surgiram. A começar, o crime político. Pasolini era alguém muito odiado em seu país, em parte devido sua condição homossexual e sua visão política. Alguns acreditam que até mesmo o Vaticano conspirou para matar o diretor. Pasolini havia se envolvido em polemicas com a religião em  alguns de seus filmes e já havia se declarado anticlerical, sendo chamado várias vezes ao tribunal, para responder por "ofensas à fé do país".

Em 2005, porém, a família do diretor pediu a reabertura do caso. Pino Pelosi agora se dizia inocente, dando uma declaração que dar ainda mais base para especulações: "Sou inocente, não matei Pasolini... Agora não tenho mais medo. Os que me ameaçaram e ameaçaram minha família devem estar todos mortos", declarou Pelosi à uma tv italiana. Essa declaração parece confirmar que Pelosi foi forçado à assumir a culpa na morte de Pasolini.

Pino Pelosi, 30 anos depois: "Não Matei Pasolini".
Segundo Pelosi, três agressores desconhecidos, com sotaque sulista, agrediram Pasolini até a morte. Eles chegaram de repente, enquanto Pasolini e Pelosi estavam na praia de Óstia. Giuseppe alegou que Um deles chamou Pasolini de "comunista sujo" e "pedaço de merda". Pelosi teria se desesperado e fugido, pegando o carro do diretor e, segundo sua versão, passou sem perceber por cima de Pasolini, que agonizava no chão, matando assim o diretor. Após receberem as novas informações de Pelosi, a Procuradoria de Roma alegou ser pouco provável a reabertura do caso, apesar dos protestos de Nino Marazzita, advogado da família de Pasolini.

Cena de "Salò, ou os 120 dias de Sodoma", último filme dirigido por Pier Paolo Pasolini, lançado após seu assassinato.

8 comentários:

  1. Fizófolo de Apucarana: Muito bom artigo. Parabéns.

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  2. A morte de Pasolini faz parte de uma rede de intrigas e sendo crime político ou não, serviu para sepultar de vez a Voz que denunciava o sistema, a sociedade e a igreja italianas através da arte. Infelizmente Pasolini padeceu por se tratar de uma pessoa promíscua e de desejos extravagantes condição que lhe deixou exposto. Não obstante não se deve esquecer a grande figura que foi, o grande Homem que perturbou os pilares da hipocrisia de uma sociedade dominada pelas mentiras do sistema e farsas da igreja católica.

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    1. promiscuidade? quantos milhares de pessoas viviam em 1975 e vivem hoje em dia sexualmente do jeito que pasolini vivia? E os garotos de programa tem que ser gratos à isso!

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  3. Incriiiivel,um baita caso. Muito curioso.

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  4. Sou fà da obra de Pasolini. Sua consciência política, sua genialidade como esteta, poeta e diretor, eram de um requinte intelectual impressionante. Sua indignação com os rumos da sua Itália e do mundo consumista, era profunda. Naquele tempo ainda se tiha esperanças, mas a maldade, o lixo mental das classes dominantes passou a imperar até que venha seu fim pelos rumos do processo histórico e do universo - que certamente tende ao equilíbrio - quer entendamos isso ou não. Sua sexualidade não interessa, mas a forma subterrânea com que lidava com ela acabou por matá-lo. Um submundo onde talvez viesse à tona os instintos mais selvagens de um príncipe de sensibilidades. Luz Pasolini!

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  5. A Arte como denúncia. Um artista condenado. Barbárie. Um crime não esclarecido. Conspirações. O desejo insaciável. Irrealizável. A sociedade européia e norte americana não é menos violenta e corrupta que a nossa latino-afro americana; somente é mais sofisticada na sua ação. Por isso, sua vida não foi em vão Pasolini. Com a rudeza peculiar iluminou as furnas.

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  6. Fala Sério!!!
    Pasolini criticar o consumismo?
    um inveterado consumidor dos instintos sexuais alheios e dele mesmo, a pior face da escuridão tenebrosa da Alma.
    Melhor consumir um Jeans do que se aventurar na escuridão da devassidão moral.

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  7. Seta para os caminhos...uma mente tão suja como esta só podia se esconder atrás de um pseudônimo tão a caráter- deve ser seta para os caminhos do inferno

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