20 de dez. de 2011

Serial Killers brasileiros



Decidi fazer uma "lista" com os casos de assassinatos em série ocorridos em território nacional, ou seja, no Brasil. A lista contem 10 nomes (pretendo dar continuidade) e história de cada um de forma resumida (pretendo criar um post para cada um, e tratar de cada caso separadamente, mais tarde). O critério que me baseio é o número de vítimas, impacto causado, assinatura e M.O.. Ei-la:
(Obs.: a lista pode conter alguns erros) 


10: José Augusto do Amaral.



Considerado o primeiro assassino em série brasileiro, chocou a sociedade paulista quando, de 1926 a 1927 vitimou crianças, enforcando-as com um cinto de brim e praticando necrofilia. Preto amaral, como ficou conhecido, já era conhecido da polícia, pois já tinha sido preso por furto e vadiagem (sim, antigamente isso dava cadeia). Morreu tuberculoso em 1927, em prisão preventiva sem ir a julgamento.

Período de atividade: 1926 a1927 
Onde: São Paulo
Número de vítimas: 3+
Perfil das vítimas: Crianças e adolescentes do sexo masculino;
Categoria por M.O.: oportunista, predador
Comportamento: desorganizado;
Classe: maníaco sexual
Alcunhas: Preto Amaral, Demônio do matagal, Tucano, Espigado, Monstro Negro, Papão-de-crianças, Besta-fera;


9: Benedito Moreira de Carvalho.


Alegava ter um "arrepio" que não passava e, para se sentir aliviado, era necessário o sexo. Masturbava-se tanto que seu pênis por vezes sangrava. Tinha certa tara por meninas japonesas, e saia durante a madrugada para a sua "caça". A esposa não dava conta dos desejos do marido. Benedito matava as vítimas estranguladas, com o auxílio de um cordel e anotava seus nomes em um caderno. Tinha inúmeras passagens pela polícia, muitas delas por estupro. Morreu em 1976, após um infarto.

Período de atividade: 1952 
Onde: São Paulo
Número de vítimas: 14+
Perfil das vítimas: Crianças e jovens em sua maioria do sexo feminino, dando preferência às orientais.
Categoria por M.O.:  furtivo, rapto;
Comportamento: misto;
Classe: maníaco sexual;
Alcunhas: Maníaco de Guaianases;
Curiosidades: Quando jovem, benedito apanhava muitas vezes, por ser um menino tido como travesso. Muitas dessas agressões eram aplicadas na cabeça;
Admirava ver uma foto de corpos empilhados em um campo de extermínio nazista.



8: Fortunato Botton Neto.


Fortunato era um garoto de programa, que, após um preço, seguia com suas vítimas até o apartamento destas e lá as assassinava com requintes de crueldade. Bebia com sua vítima e quando ela já se encontrava embriagada, Botton a amarrava em uma cadeira e a furava com facas ou chaves de fenda. Após o crime, vasculhava a casa à procura de jóias, dinheiro e objetos de valor. Morreu em 1997 de broncopneumonia decorrente da AIDS.

Período de atividade: 1986 a 1989
Onde: São Paulo
Número de vítimas: 13
Perfil das vítimas:Homossexuais do sexo masculino, com idade de 30 a 60 anos;
Categoria por M.O.: ardiloso, predador;
Assinatura: Amarrava as vítimas e usava de imensa brutalidade.
Comportamento:misto
Classe: missionário
Alcunha:Maníaco de Trianon
Curiosidades: Após um de seus crimes, Botton sentiu fome. foi até a cozinha e encontrou um queijo na geladeira. Como não achava uma faca para cortá-lo, retirou a faca do corpo de sua vítima, e com ela cortou o queijo.


7: Febrônio Índio do Brasil.


Na mesma época em que Preto Amaral aterrorizava São Paulo, Febrônio Índio do Brasil (se é que esse era o verdadeiro nome dele) documentou seu rastro místico de terror na história do Rio de Janeiro. Febrônio já era conhecido na polícia, quando foi apanhado correndo nu. Atraía crianças com ofertas de emprego, e quando se via sozinha com elas, no meio do mato, estrangulava-as com cipós. Seus crimes tinha uma carga mística, Febrônio afirmava ter visões que lhe ordenavam salvar meninos, para isso, era preciso tatuar as letras DCVXVI (Deus, Caridade, Virtude, Santidade, Vida e Irmã da vida) em seus peitos. O próprio Febrônio tinha as letras tatuadas no abdome, além de uma tatuagem no peito - Eis o filho da luz. 

Período de atividade:1927
Onde: Rio de Janeiro
Número de vítimas: 3+ 
Perfil das vítimas: Crianças do sexo masculino;
Categoria por M.O.: Oportunista, predador;
Assinatura: Tatuava o peito das vítimas; 
Comportamento: desorganizado;
Classe: visionário, maníaco sexual;
Alcunha: Filho da Luz (auto-denominação);
Curiosidades: Febrônio foi autor do livro "Revelações do príncipe do fogo", livro que teve seus exemplares queimados pela polícia. O escritor Mário de Andrade tinha um exemplar do livro.


6: Francisco Costa Rocha.


Francisco era um cidadão pacato, culto e trabalhador. Adepto ao niilismo e amante da boemia. Francisco teve uma infância conturbada. Vítima de rejeição paterna e de agressões por parte dos padrastos. Assistiu os inúmeros relacionamentos de sua mãe. Matava gatos para testar suas sete vidas, às vezes enforcados ou afogados na privada. Ganhou notoriedade em 1968, quando, em um ato de fúria e sadismo, estrangulou e vilipendiou o corpo da dançarina Austríaca Margareth Suída. Rocha passou 10 anos na prisão. Em 1978, após ser solto por bom comportamento, voltou a matar, dessa vez a vítima foi Angela de Souza e Silva. Francisco voltou a realizar o ritual macabro de vilipendiar o cadáver. Encontra-se preso desde 1987.

As duas vítimas de Chico.

Período de atividade: 1968-1978 
Onde: São Paulo  
Número de vítimas: 2 
Perfil das vítimas: Mulheres trabalhadoras noturnas; 
Categoria por M.O.: oportunista, predador:   
Assinatura: vilipêndio cadavérico; 
Comportamento: desorganizado; 
Classe: maníaco sexual; 
Alcunhas: Chico Picadinho, Esquartejador da R. Aurora; 
Curiosidades: Chico picadinho é um ávido leitor. Aprecia Kafka (O processo, A Metamorfose), Dostoievski (Crime Castigo e Irmãos Karamazov), Goethe entre outros. Também é apreciador de música clássica e praticante de pintura.



5: José Paz Bezerra.

Nasceu na Paraíba, perdeu o pai cedo, vitimado pela hanseníase. Sua mãe se prostituía e o agredia constantemente, aprendeu assim a odiar a mãe e espelhou esse ódio em todas as mulheres. Bezerra estuprava, amarrava e estrangulava mulheres no bairro do Murumbi, São Paulo, deixando seus rastros: pedaços de jornais e fitilhos de cor verde. Tinha preferência por "balzaquianas", mostrava-se como um sujeito galante para atrair suas vítimas, e no momento propício atacava usando de brutalidade. Atava e amordaçava as vítimas com as roupas delas. Também cometeu crimes em Belém do Pará. Foi preso em 1971, cumprindo pena máxima (30 anos). Encontra-se livre desde 2001.

Periodo de atividade: 1969-1970 
Onde: São Paulo, Belém do Pará;
Número de vítimas: 10+ 
Perfil das vítimas: mulheres balzaquianas; 
Categoria por M.O.: caçador, raptor;
Assinatura: atava as vítimas com peças do vestuário destas;
Comportamento: misto; 
Classe: maníaco sexual; 
Alcunhas: Monstro do Murumbi.



4: Francisco das Chagas Rodrigues Brito.


Nascido no Maranhão, Francisco das chagas ficou conhecido pelas série de crimes contra meninos, praticados nos arredores de São Luís e em Altamira, Pará. Francisco costumava decepar partes de suas vítimas, principalmente os genitais, tanto que o caso ficou conhecido como "garotos emasculados". Agiu por mais de 10 anos e vitimou mais de 40. Em entrevistas, Francisco costuma negar sus crimes, alegando ser vítima de uma "grande conspiração", às vezes até admite a culpa, mas nega as emasculações: "Se eu fizesse isso, estaria rico!", diz. Brito é o segundo maior assassino do país...


Período de atividade: 1989 a 2004 
Onde: São Luís do Maranhão, Altamira; 
Número de vítimas: 42+ 
Perfil das vítimas: crianças do sexo masculino; 
Categoria por M.O.: Predador; 
Assinatura: emasculação; 
Comportamento: misto; 
Classe: maníaco sexual;
Alcunhas: caso dos meninos emasculados.



3: Marcelo Costa Andrade.


Nascido em 1967, na favela da Rocinha, Rio de Janeiro, apresentava um comportamento estranho desde cedo. Ria sem motivo aparente, tinha visões de vultos e sangramento nasal. Era chamado de burro e retardado pelos colegas de escola e era frequentemente agredido em casa. Descobriu a sexualidade aos 9 anos de idade. Começou a matar em 1991. Escolhia os meninos com "as pernas mais lisinhas", em sua totalidade crianças pobres, que eram atraídas por ofertas de pratos de comida. Quando sua vítima mordia a isca, Marcelo agia: estuprava e matava a pedradas, depois ingeria o sangue, retirava as calças da vítima para guardar de lembrança e abandonava o cadáver no local. Acreditava que matando meninos com menos de 13 anos, suas almas estariam garantidas no paraíso, e quando perguntado sobre o motivo pelo qual bebia sangue, respondeu que se manteria jovem e bonito, como a vítima do qual o sangue foi retirado.

Periodo de atividade: 1991-1992 
Onde: Niterói; 
Número de vítimas: 13+ 
Perfil das vítimas: crianças do sexo masculino com idades entre 5 e 13 anos; 
Categoria por M.O.: oportunista, predador; 
Assinatura: vampirismo, costumava levar para casa as bermudas das vítimas; 
Comportamento: desorganizado; 
Classe: maníaco sexual; 
Alcunhas: Vampiro de Niterói.





2: Francisco Assis Pereira.


Talvez o mais conhecido serial killer nacional, Francisco Assis Pereira (putz, como essa lista tem Franciscos!), motoboy que ganhou notoriedade quando se tornou o Maníaco do Parque. Eu era criança na época do caso (tinha 6 anos, se bem me lembro) e posso afirmar que foi o primeiro caso de assassino em série do qual eu tomei conhecimento. Na época da copa do mundo de futebol, Pereira ocupou os noticiários e os intervalos dos jogos com seus crimes. Francisco se apresentava como fotógrafo representante de uma firma de "caça talentos", atraindo assim mulheres para fazer um "ensaio em um ambiente natural". Depois de levar as moças ao parque do Estado, Francisco as agredia e as matava por estrangulamento, usando um cadarço. Após a repercussão de seus crimes e a divulgação de um retrato falado, Francisco fugiu para Argentina, de lá foi para o Rio Grande do Sul, onde foi denunciado e preso. Atualmente encontra-se encarcerado.
Peritos investigam restos mortais de uma das vítimas do maníaco.


Período de atividade: 1998 
Onde: São Paulo
Número de vítimas: 10+
Perfil das vítimas: Mulheres;
Categoria por M.O.: Predador; 
Assinatura:Levava as vítimas ao Parque do Estado, onde as violentava e assassinava; 
Comportamento: misto;
Classe: Maníaco sexual; 
Alcunhas: Maníaco do Parque, Chico Estrela. 
Curiosidades: Francisco Assis Pereira era um ótimo patinador.

1: Pedro Rodrigues Filho.


E finalmente, no topo (ou base, pois a lista é em ordem decrescente) da lista, o maior assassino em série do Brasil. Suspeito de mais de 100 homicídios e visto por muitos como um justiceiro, apesar dele próprio não gostar dessa denominação. Pedrinho, o matador é um assassino diferente: a maioria de suas vítimas foram feitas dentro do sistema carcerário. Matou um colega de cela por ele roncar demais, um outro por, simplesmente, não ir com a cara dele. Desenvolveu uma técnica para assassinar: com movimentos rápidos, por estrangulamento ou quebrando o pescoço. Se envolveu em "picuinhas" com criminosos notórios: agrediu João Acácio Pereira da Costa, O bandido da Luz vermelha, com uma paulada na cabeça; sofreu um atentado de Hosmany Ramos, quando este lhe deu um bolo envenenado e prometeu em uma entrevista assassinar o Maníaco do Parque (2°). Uma de suas vítimas foi seu parópio pai, do qual Pedrinho comeu o coração. A tatuagem no seu braço esquerdo diz por ele: "mato por prazer!" Pedrinho foi preso em 1973, e libertado em 2007, porém, mesmo já tendo pagado por seus crimes, voltou a ser preso em setembro deste ano por causa de seis motins e por impedir a libertação de um carcereiro durante uma rebelião.
Pedrinho detido em 2011.

Período de atividade: 1967 a 2001; 
Onde: São Paulo
Número de vítimas: 70+ 
Perfil das vítimas: homens, em sua maioria, de má índole; 
Categoria por M.O.: caçador, raptor; 
Comportamento: misto; 
Classe: missionário; 
Alcunhas: Pedrinho matador, Vampiro do Carandiru.


Eu poderia me estender com os outros inúmeros exemplos (Corumbá, José Ramos, Maníaco da lanterna, Maníaco da praia do cassino...), mas por enquanto termina aqui, pretendo mais a frente fazer outra(s) lista(s).


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